Eu, que sou feio, sólido, leal,
A ti, que és bela, frágil, assustada,
Quero estimar-te, sempre, recatada
Numa existência honesta, de cristal.
Sentado á mesa dum café devasso,
Ao avistar-te, há pouco, fraca e loura,
Nesta Babel tão velha e corruptora,
Tive tenções de oferecer-te o braço.
E, quando socorreste um miserável,
Eu, que bebia cálices de absinto,
Mandei ir a garrafa, porque sinto
Que me tornas prestante, bom, saudável.
Cesário Verde
4 comentários:
Boa escolha!!=)
Beijoooooo*
Não conhecia mas olha que é bem bonito!! Beijinho**
Gostei mesmo muito do poema!
Beijinho
E é tão bom quando alguém nos faz sentir assim!
Por vezes a magia acontece :)
Beijito.
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